3 Princípios éticos que Médicos e Dentistas devem seguir na Estética.

3 Princípios éticos que Médicos e Dentistas devem seguir na Estética.

A atuação em procedimentos estéticos, seja por médicos ou dentistas, exige muito mais do que domínio técnico e atualização científica.

Trata-se de um campo fortemente regulado, em que cada conduta deve estar alinhada aos princípios éticos estabelecidos pelos respectivos Conselhos Profissionais.

Muitos profissionais, porém, desconhecem integralmente essas diretrizes e acabam se expondo a riscos que poderiam ser facilmente evitados com a observância das normas.

Pensando nisso, preparamos esse post.

Como Advogados Especialistas em Tratamentos Avançados e Cirurgias, explicamos tudo o que você precisa saber sobre 3 Princípios éticos que Médicos e Dentistas devem seguir na Estética.    

Dá só uma olhada:

  1. Consentimento informado e esclarecimento adequado.
  2. Publicidade ética e responsabilidade na comunicação.
  3. Sigilo profissional e proteção de dados dos pacientes.

Então, vamos ao que interessa?

Compreender esses princípios é indispensável para preservar a credibilidade do profissional, evitar processos éticos e judiciais e estruturar uma atuação segura e juridicamente amparada.

Por isso, o mais recomendado é contar com a orientação de Advogados Especialistas em Tratamentos Avançados e Cirurgias, para oferecer suporte preventivo, revisar práticas clínicas e orientar decisões que possam gerar repercussões legais.

 

  1. Consentimento informado e esclarecimento adequado.

O consentimento informado é um dos pilares éticos e jurídicos mais relevantes na atuação estética, tanto para médicos quanto para dentistas.

Na prática, esse princípio determina que nenhum procedimento deve ser realizado sem que o paciente compreenda, de maneira clara e completa, tudo o que envolve a intervenção.

Trata-se de uma garantia de autonomia do paciente e, ao mesmo tempo, de uma proteção essencial ao profissional.

O que significa o consentimento informado?

O consentimento informado é um processo de diálogo e orientação que antecede a assinatura de qualquer documento.

Ele não se limita a entregar um formulário ao paciente.

Exige explicação detalhada sobre riscos, benefícios, alternativas de tratamento, limitações técnicas, possíveis complicações e expectativas realistas de resultado.

O profissional tem o dever ético e jurídico de verificar se o paciente realmente compreendeu as informações.

Isso significa evitar explicações genéricas ou superficiais e adaptar o conteúdo à linguagem acessível ao paciente.

A assinatura final é apenas a formalização daquilo que foi devidamente explicado.

O que médicos e dentistas precisam saber sobre esse princípio?

O consentimento deve ser personalizado

Cada procedimento estético possui riscos específicos.

Portanto, não é adequado utilizar um modelo genérico de consentimento para todas as intervenções.

É necessário que o termo seja adaptado ao tratamento exato que será realizado.

O processo deve ser documentado

O prontuário deve registrar que houve diálogo prévio, esclarecimento e tempo suficiente para o paciente fazer perguntas.

Em uma eventual ação judicial ou processo ético, será esse registro que demonstrará que o profissional atuou dentro da legalidade.

O consentimento é contínuo

Sempre que houver alteração no plano terapêutico ou necessidade de novos procedimentos, o consentimento deve ser renovado.

Uma autorização assinada há meses para um procedimento inicial não substitui a necessidade de novo consentimento em intervenções posteriores.

Expectativa do paciente deve ser confrontada com a realidade técnica

É ético e obrigatório esclarecer ao paciente que nenhum procedimento estético é isento de riscos e que os resultados dependem de fatores individuais.

Isso evita alegações de promessa de resultado ou propaganda enganosa.

Para Ilustrar

Imagine um paciente que procura um profissional para aplicação de ácido hialurônico em lábios.

O profissional explica rapidamente que se trata de um procedimento simples e seguro e apenas solicita a assinatura de um termo padrão.

Não são discutidos riscos como assimetrias, formação de nódulos, necrose tecidual ou a possibilidade de necessidade de retoques.

Após o procedimento, o paciente apresenta um hematoma significativo e assimetria, e a intervenção precisa ser revista.

Sentindo-se enganado, o paciente protocola uma denúncia no conselho profissional e ingressa com ação judicial.

Diante da falta de documentação adequada e da ausência de informações detalhadas, a responsabilidade do profissional tende a ser reconhecida.

Se o diálogo tivesse sido realizado de forma adequada, com explicações completas e registro detalhado em prontuário, o cenário jurídico seria completamente diferente.

A Saber!

O consentimento informado, quando bem aplicado, protege o paciente, resguarda o profissional e reduz significativamente o risco de responsabilização ética ou judicial.

Na estética, onde a expectativa do paciente costuma ser elevada, cumprir esse princípio com rigor é uma obrigação inegociável.

A orientação jurídica adequada transforma esse processo em um instrumento seguro, completo e alinhado às exigências legais que regem a prática médica e odontológica.

 

  1. Publicidade ética e responsabilidade na comunicação.

A publicidade é uma ferramenta legítima para médicos e dentistas que atuam na estética, desde que utilizada com responsabilidade e dentro dos limites estabelecidos pelos Conselhos Profissionais.

Esse princípio ético determina que toda comunicação pública do profissional deve ser informativa, verdadeira, objetiva e jamais induzir o paciente a erro ou criar expectativas irreais.

Trata-se de uma área sensível, frequentemente fiscalizada e que gera grande número de processos éticos, principalmente por desconhecimento das normas.

O que significa o princípio da publicidade ética?

O princípio da publicidade ética estabelece que médicos e dentistas podem divulgar sua atividade, mas não podem transformar a saúde em mercadoria.

Isso significa que a comunicação deve ter caráter educativo, explicativo e técnico, e nunca um apelo comercial.

Não se admite linguagem promocional, comparativa ou sensacionalista.

Esse princípio busca proteger a autonomia do paciente, garantindo que ele tome decisões baseadas em informações adequadas e não em promessas de resultados.

Ao mesmo tempo, protege o próprio profissional, evitando que a publicidade seja interpretada como oferta de garantia, promoção ou captação irregular de pacientes.

O que médicos e dentistas precisam saber sobre publicidade ética?

Proibição de promessas e garantias de resultado

Nenhum procedimento estético é isento de riscos, e resultados variam conforme características individuais.

Por isso, usar expressões como resultados garantidos, definitivo, perfeito, sem risco ou qualquer frase que elimine a possibilidade de complicações é proibido pelos Conselhos.

Uso restrito de imagens de antes e depois

O uso de imagens comparativas é permitido apenas dentro de critérios rigorosos.

Apesar de muitos profissionais utilizarem essas imagens em redes sociais, a prática pode ser considerada infração ética quando empregada com fins promocionais, sem caráter educativo ou de forma a induzir expectativas irreais.

Evitar linguagem promocional e mercantil

Expressões como descontos, pacotes, imperdível, promoção e qualquer linguagem típica de oferta comercial são vedadas, pois transformam o ato de saúde em produto.

Identificação adequada no material publicitário

O profissional deve sempre se identificar com nome completo, número de registro no conselho e especialidade reconhecida.

Divulgar-se como especialista sem comprovação formal é infração ética grave.

Divulgação de técnicas experimentais

Técnicas que não possuem validação científica, ou que estão em fase experimental, não podem ser divulgadas como seguras ou plenamente eficazes.

É obrigatório esclarecer o caráter experimental e suas limitações.

Para Ilustrar

Imagine um dentista que realiza procedimentos estéticos faciais e decide publicar em suas redes sociais uma foto de antes e depois de um preenchimento, acompanhada do texto resultado incrível garantido e apenas hoje com valor promocional.

Esse tipo de conteúdo, embora comum, configura múltiplas infrações éticas: promessa de resultado, apelo comercial, ausência de caráter educativo, indução a expectativa irreal e promoção mercantil da saúde.

Em uma fiscalização ou denúncia, o profissional poderá responder a processo ético, sofrer advertência pública, censura e até suspensão do exercício profissional.

Caso essa comunicação tivesse sido revisada previamente sob orientação jurídica, seria possível divulgar informações técnicas sobre o procedimento, explicar indicações, apresentar limitações e contextualizar os resultados, sem violar as normas éticas.

Atenção!

A publicidade ética e responsável não é apenas um dever imposto pelos Conselhos, mas uma ferramenta de proteção ao próprio profissional.

Quanto mais alinhada às normas estiver sua comunicação, menores serão as chances de litígios, denúncias e desgaste da reputação.

Contar com acompanhamento de Advogados Especialistas em Tratamentos Avançados e Cirurgias, é fundamental para assegurar tranquilidade e respaldo na prática estética.

 

  1. Sigilo profissional e proteção de dados do paciente.

O sigilo profissional e a proteção de dados do paciente são princípios éticos fundamentais tanto na Medicina quanto na Odontologia, especialmente na área estética, que lida intensamente com imagens, informações sensíveis e registros clínicos.

Esses princípios asseguram que todas as informações obtidas durante o atendimento, incluindo fotos, vídeos, prontuários e dados pessoais, sejam tratadas com confidencialidade absoluta.

Para médicos e dentistas, compreender e cumprir esse dever não é apenas uma obrigação ética, mas também legal, devido à legislação vigente sobre proteção de dados.

O que significa o princípio do sigilo profissional na estética?

O sigilo profissional determina que nenhuma informação clínica ou pessoal obtida no contexto da relação paciente-profissional pode ser divulgada sem autorização expressa e específica do paciente.

Isso inclui:

  • Conversas privadas;
  • Resultados de exames;
  • Fotos de antes e depois;
  • Detalhes do plano terapêutico e qualquer conteúdo sensível.

Na área estética, o risco de violação é ainda maior, pois a divulgação de imagens e conteúdos nas redes sociais se tornou prática comum.

Entretanto, o simples fato de o paciente tirar fotos ou autorizar registros internos não autoriza o profissional a publicá-las.

A divulgação de qualquer dado exige autorização específica, clara e por escrito.

O que médicos e dentistas precisam saber sobre sigilo e proteção de dados?

Consentimento específico para uso de imagem

Para divulgar qualquer foto, vídeo ou registro, é indispensável uma autorização específica para uso de imagem.

Essa autorização deve indicar a finalidade, forma de divulgação e possibilidade de revogação pelo paciente.

Não é suficiente incluir um parágrafo genérico no termo de consentimento do procedimento.

Relação direta com a Lei Geral de Proteção de Dados

Informações de saúde são classificadas como dados sensíveis pela lei.

Isso significa que seu tratamento exige medidas reforçadas de segurança, como controle de acesso, armazenamento adequado e registro do fluxo de informações.

Vazamentos, usos indevidos ou compartilhamento indevido configuram infração administrativa, civil e ética.

Proibição de exposição indevida do paciente

Mesmo quando há autorização, o profissional deve evitar identificar o paciente desnecessariamente.

O uso abusivo de imagens, a exposição exagerada de características físicas ou a associação de fotos a discursos promocionais podem gerar questionamentos éticos, mesmo com autorização formal.

A importância do prontuário bem estruturado

O registro seguro, organizado e acessível apenas a pessoas autorizadas é parte essencial da proteção de dados.

O prontuário deve ser mantido em ambiente seguro, físico ou digital, com mecanismos que impeçam acessos não autorizados.

Para Ilustrar

Imagine que um médico realiza a harmonização facial em uma paciente e, ao final, decide postar uma foto de antes e depois em suas redes sociais.

Ele entende que a paciente concordou porque comentou que gostou do resultado e tirou fotos durante a consulta.

No entanto, não foi obtida autorização por escrito, e o profissional publicou o conteúdo sem documento formal.

Dias depois, a paciente vê a publicação, sente-se exposta e registra uma denúncia no Conselho, além de ajuizar ação judicial por dano moral.

Mesmo que a paciente tenha demonstrado satisfação com o tratamento, a ausência de autorização formal torna ilegal e antiética a divulgação.

A responsabilização do profissional, nesses casos, costuma ser severa.

Com orientação preventiva adequada, o profissional teria conhecimento das exigências legais, utilizaria termo de autorização específico e evitaria exposição indevida.

Salve essa informação!

O sigilo profissional e a proteção de dados do paciente são obrigações que não admitem exceções.

Na estética, onde a exposição da imagem e a coleta de dados sensíveis são frequentes, o cuidado deve ser redobrado.

O cumprimento rigoroso desses princípios reforça a confiança do paciente, protege o profissional e cria uma prática ética e juridicamente segura.

O suporte jurídico de Advogados Especialistas em Tratamentos Avançados e Cirurgias é indispensável para garantir que todas as etapas, do consentimento à publicação de conteúdos, estejam plenamente alinhadas às normas éticas e legais.

 

 

 

 

Conclusão

Como vimos ao longo deste post, a prática estética, tanto na Medicina quanto na Odontologia, exige muito mais do que domínio técnico e atualização científica.

Ela demanda uma atuação fundamentada em princípios éticos sólidos, alinhada às normas dos Conselhos Profissionais e estruturada de forma a proteger simultaneamente o paciente e o profissional.

Felizmente, agora você já sabe 3 Princípios éticos que Médicos e Dentistas devem seguir na Estética.

Afinal, como Advogados Especialistas em Tratamentos Avançados e Cirurgias, nós mostramos:

  • Consentimento informado e esclarecimento adequado
  • Publicidade ética e responsabilidade na comunicação
  • Sigilo profissional e proteção de dados dos pacientes

A complexidade regulatória da estética exige acompanhamento jurídico constante.

As normas mudam, interpretações dos Conselhos evoluem e novas práticas surgem com frequência.

O apoio de Advogados Especialistas em Tratamentos Avançados e Cirurgias garante que cada etapa, desde a comunicação com o paciente até a divulgação de resultados e o armazenamento de dados, esteja alinhada às exigências legais.

Leia também:

 Contrato de Prestação de Serviços Estéticos para Dentistas: Cuidados legais.

Consentimento Informado em Clínicas de Estética: Como documentar corretamente?

Responsabilidade Civil do Dentista em Tratamentos Estéticos.

A adoção dos princípios éticos apresentados neste artigo é um passo estratégico para um exercício profissional sólido, seguro e protegido.

Estamos aqui para ajudar.

Até o próximo conteúdo.

Paschoalin e Berger Advogados

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Guilherme Paschoalin

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