Regulação em Saúde: 6 Normas que os médicos precisam conhecer.

Regulação em Saúde: 6 Normas que os médicos precisam conhecer.

Quando falamos em atuação médica, não basta apenas dominar a ciência e a prática clínica.

Existe também um conjunto de regras que regulam a saúde no Brasil e que impactam diretamente a rotina de quem exerce a medicina.

Muitos médicos desconhecem essas normas de regulação em saúde, o que pode trazer riscos tanto para a carreira quanto para a relação com pacientes, hospitais, planos de saúde e órgãos de fiscalização.

Pensando nisso, preparamos esse post.

Como Advogados Especialistas em Compliance e Regulação na Saúde, explicamos tudo o que você precisa saber sobre Regulação em Saúde 6 Normas que os médicos precisam conhecer.

Confira:

  1. Código de Ética Médica e Resoluções do CFM.
  2. Prontuário médico: Registro e guarda do histórico clínico.
  3. Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) e dados de saúde.
  4. ANS: Regulação dos planos de saúde e o Rol de Procedimentos.
  5. ANVISA:  Normas de biossegurança e funcionamento de serviços de saúde.
  6. Lei Orgânica da Saúde / SUS (Lei nº 8.080/1990).

Conhecer essas regras é essencial para evitar problemas como negativas de remuneração, conflitos com operadoras de saúde, processos administrativos e até mesmo ações judiciais.

Tenha uma boa leitura.

  1. Código de Ética Médica e Resoluções do CFM.

Diferente de outras profissões, a medicina exige um rigor ainda maior, já que envolve diretamente a vida e a integridade das pessoas.

Por isso, o médico não pode se limitar apenas ao conhecimento técnico-científico, sendo indispensável compreender também as regras que norteiam sua atuação.

Duas dessas normas se destacam: o Código de Ética Médica e as Resoluções do Conselho Federal de Medicina (CFM).

Ambas têm o objetivo de garantir que a prática médica seja segura, transparente e dentro dos limites legais e éticos.

O que é o Código de Ética Médica?

O Código de Ética Médica é elaborado e atualizado pelo Conselho Federal de Medicina.

Ele reúne princípios, direitos e deveres que o médico deve seguir no exercício da profissão.

Trata-se de um guia que estabelece como o profissional deve se portar diante de pacientes, colegas, instituições de saúde e até em sua atuação pública.

Conteúdo essencial do Código

O Código aborda temas como:

  • Respeito à autonomia do paciente;
  • Sigilo médico e proteção de informações;
  • Consentimento informado antes de procedimentos;
  • Limites da publicidade médica;
  • Condutas proibidas, como promessa de resultados.

Esse conjunto de normas deve ser seguido por todos os médicos, independentemente da especialidade ou local de atuação.

O que são Resoluções do CFM

As Resoluções do CFM têm caráter normativo e complementam o Código de Ética.

Elas tratam de temas específicos da prática médica e regulam situações que não estão detalhadas no Código.

Exemplos de resoluções do CFM

  • Telemedicina: Regras para atendimentos a distância;
  • Publicidade médica: Limites para divulgação em redes sociais e meios de comunicação;
  • Critérios técnicos: Regulamentação de procedimentos e práticas em determinadas especialidades;
  • Pesquisas clínicas: Normas éticas e legais para a condução de estudos com pacientes.

Essas resoluções são constantemente atualizadas, o que exige acompanhamento permanente por parte do médico.

Por que é importante conhecer essas normas

O conhecimento do Código de Ética Médica e das Resoluções do CFM protege o médico de riscos éticos, administrativos e jurídicos.

Além disso:

  • Garante maior segurança na relação com pacientes;
  • Evita processos disciplinares no Conselho Regional de Medicina;
  • Reduz riscos de ações judiciais por falhas de conduta;
  • Reforça a credibilidade e a confiança do profissional perante a sociedade.

Quais os riscos de não conhecer essas normas

O desconhecimento pode trazer sérias consequências para a vida profissional do médico, como:

  • Processos ético-disciplinares: que podem resultar em advertências, censuras, suspensão e até cassação do registro profissional.
  • Responsabilidade civil: Processos por danos morais ou materiais movidos por pacientes.
  • Exposição pública: Perda de credibilidade em razão de práticas irregulares divulgadas na mídia.

Vale destacar que o desconhecimento da lei ou da norma ética não afasta a responsabilidade do médico.

Exemplo prático: Publicidade médica irregular

Imagine um médico que divulga em suas redes sociais imagens de pacientes antes e depois de procedimentos, prometendo resultados estéticos garantidos.

Apesar de ser uma prática comum, ela é proibida tanto pelo Código de Ética Médica quanto por resoluções específicas do CFM.

Nesse caso, o médico pode ser denunciado ao Conselho Regional de Medicina, sofrer processo ético e ser responsabilizado civilmente por eventuais alegações de propaganda enganosa.

Esse exemplo mostra como pequenas atitudes, muitas vezes vistas como inofensivas, podem gerar graves repercussões jurídicas.

A importância de contar Advogados Especialistas em Compliance e Regulação na Saúde

A complexidade da regulação em saúde exige que o médico tenha ao seu lado Advogados Especialistas em Compliance e Regulação na Saúde.

O Advogado Especialista em Compliance e Regulação na Saúde pode:

  • Orientar sobre condutas permitidas e proibidas;
  • Auxiliar na interpretação de normas atualizadas;
  • Prevenir litígios e problemas éticos;
  • Defender o médico em processos administrativos e judiciais.

Com o suporte de Advogados Especialistas em Compliance e Regulação na Saúde, o médico exerce sua profissão com mais tranquilidade, segurança jurídica e foco no que realmente importa: o cuidado com o paciente.

 

 A Saber!

O Código de Ética Médica e as Resoluções do CFM são instrumentos indispensáveis para orientar a prática médica.

Eles não apenas estabelecem limites, mas também protegem o profissional e reforçam a confiança do paciente.

O médico que conhece e aplica essas normas exerce sua atividade com mais segurança, reduz riscos e fortalece sua imagem profissional.

E, diante da complexidade do cenário jurídico e regulatório, contar com o auxílio de Advogados Especialistas em Compliance e Regulação na Saúde é a melhor forma de garantir proteção e segurança no exercício da medicina.

 

 

  1. Prontuário Médico: Registro e guarda do histórico clínico.

O prontuário médico é o documento que reúne todas as informações sobre a vida clínica do paciente.

Nele devem constar:

  • Anotações;
  • Exames;
  • Diagnósticos;
  • Tratamentos;
  • Prescrições;
  • Evoluções.

É uma ferramenta técnica, jurídica e ética que registra a conduta do médico e o histórico de saúde do paciente.

Segundo o Conselho Federal de Medicina (CFM), o prontuário deve ser elaborado de forma legível, cronológica e completa, podendo estar em meio físico ou eletrônico, desde que respeite os critérios de segurança, confidencialidade e integridade das informações.

Vamos entender isso melhor?

Normas sobre registro e guarda do prontuário médico

Registro adequado

  • Deve ser feito de forma clara, sem rasuras, e com identificação do profissional;
  • É necessário registrar todas as condutas, inclusive recusas ou decisões do paciente;
  • O uso do prontuário eletrônico é autorizado, desde que sigam as normas de segurança digital previstas pelo CFM.

Guarda do histórico clínico

  • O CFM estabelece que os prontuários em papel sejam mantidos por pelo menos 20 anos;
  • Nos sistemas digitais, devem ser preservados permanentemente, com backup e sistemas de proteção de dados;
  • Após o falecimento do paciente, o prontuário continua sendo documento protegido pelo sigilo médico, salvo em hipóteses legais.

Por que é importante conhecer essas normas

O conhecimento dessas normas protege o médico em três aspectos principais:

  • Ético: Demonstra respeito às regras do CFM e ao Código de Ética Médica;
  • Jurídico: Serve como prova em eventuais processos judiciais, evitando condenações indevidas;
  • Assistencial: Garante continuidade do tratamento, preservando a segurança do paciente.

Um prontuário bem elaborado é uma das maiores proteções do médico contra alegações de erro ou omissão.

Riscos de não conhecer ou descumprir essas normas

  • Processos disciplinares: Nos Conselhos de Medicina;
  • Ações judicial: Por suposto erro médico sem possibilidade de defesa documental;
  • Perda de credibilidade profissional: Perante pacientes e instituições de saúde;
  • Violação do sigilo médico: Que pode gerar responsabilidade civil, administrativa e até criminal.

Por exemplo

Imagine um paciente que ajuíza ação judicial alegando não ter sido informado sobre os riscos de determinado procedimento.

Se o médico não registrar no prontuário o termo de consentimento informado devidamente assinado, terá grandes dificuldades em comprovar que prestou as informações adequadas.

Nesse caso, a ausência de um registro completo pode resultar em condenação por danos morais e materiais, mesmo que o atendimento tenha sido correto.

A importância de contar com Advogados Especialistas em Compliance e Regulação na Saúde

O médico não precisa e não deve enfrentar sozinho a complexidade da regulação em saúde.

Contar com Advogados Especialistas em Compliance e Regulação na Saúde garante:

  • Orientação sobre como elaborar e guardar os prontuários conforme a lei;
  • Apoio em auditorias hospitalares e sindicâncias;
  • Defesa em processos ético-disciplinares e judiciais;
  • Atualização constante sobre mudanças nas normas do CFM e demais legislações.

Esse suporte jurídico dá segurança ao médico para exercer sua profissão com tranquilidade, evitando riscos desnecessários.

Em Resumo

O prontuário médico é muito mais do que um simples registro: é um instrumento essencial de proteção para o paciente e para o profissional.

Conhecer as normas sobre registro e guarda do histórico clínico é fundamental para evitar processos, garantir a continuidade do cuidado e cumprir com a ética médica.

  1. Lei Geral da Proteção de Dados e dados da saúde.

Primeiramente, é importante entender o que é a LGPD.

A Lei Geral de Proteção de Dados (Lei nº 13.709/2018) é a norma que regula o tratamento de informações pessoais no Brasil.

Ela se aplica a qualquer pessoa física ou jurídica, pública ou privada, que colete, armazene ou utilize dados pessoais.

No contexto da saúde, a LGPD assume uma relevância ainda maior, porque os dados de saúde são considerados dados sensíveis.

Isso significa que o tratamento dessas informações deve observar regras ainda mais rigorosas, justamente pela intimidade e pelo risco de discriminação que envolvem.

Pois bem...

O que são dados da saúde na LGPD?

De acordo com a lei, dados da saúde englobam todas as informações relacionadas ao estado físico ou mental de uma pessoa, tais como:

  • Histórico médico;
  • Resultados de exames;
  • Informações sobre deficiências, doenças ou condições clínicas;
  • Dados genéticos e biométricos.

Esses dados não podem ser tratados livremente.

Para utilizá-los, é necessário observar hipóteses legais específicas, como o consentimento do paciente ou a necessidade para cumprimento de obrigação legal.

Por que é importante que o médico conheça essas normas

Proteção do paciente

A observância da LGPD garante ao paciente segurança quanto ao uso de suas informações pessoais, fortalecendo a relação de confiança médico-paciente.

Proteção do médico

O conhecimento das regras protege o médico contra processos administrativos e judiciais. Além disso, assegura que sua clínica ou consultório esteja em conformidade com a lei, evitando sanções severas.

Riscos de não conhecer ou cumprir a LGPD

O descumprimento da LGPD pode gerar consequências sérias para médicos e instituições de saúde:

  • Sanções administrativas: Advertências e multas que podem chegar a 2% do faturamento da clínica, limitadas a R$50 milhões por infração;
  • Responsabilidade civil: Ações de indenização movidas por pacientes em razão de vazamento de dados;
  • Risco reputacional: Perda de credibilidade e confiança perante os pacientes;
  • Processos ético-disciplinares: Se houver violação de sigilo médico, previsto no Código de Ética Médica.

Para ilustrar

Imagine uma clínica que utiliza prontuários eletrônicos sem sistemas de segurança adequados.

Em um ataque cibernético, dados de centenas de pacientes são expostos.

Além de enfrentar investigações da Autoridade Nacional de Proteção de Dados (ANPD), a clínica poderá ser processada judicialmente pelos pacientes prejudicados e, ainda, responder perante o Conselho Regional de Medicina por violação ao sigilo médico.

Esse exemplo mostra como a falta de adequação à LGPD pode gerar riscos financeiros, éticos e jurídicos significativos.

A importância de contar com Advogados Especialistas em Compliance e Regulação na Saúde

A LGPD é uma legislação complexa e técnica, especialmente quando aplicada ao setor da saúde.

Por isso, contar com o apoio de Advogados Especialistas em Compliance e Regulação na Saúde é essencial.

O Advogado Especialista em Compliance e Regulação na Saúde pode:

  • Orientar sobre a coleta, armazenamento e compartilhamento correto de dados de pacientes;
  • Estruturar políticas de privacidade e termos de consentimento;
  • Acompanhar auditorias e fiscalizações da ANPD;
  • Atuar na defesa do médico em eventuais processos judiciais ou administrativos.

Em Suma

A Lei Geral de Proteção de Dados trouxe uma nova realidade para a medicina.

O médico, que já tinha o dever ético de guardar sigilo sobre o prontuário do paciente, agora também deve observar obrigações legais rigorosas quanto ao tratamento de dados sensíveis.

 

  1. ANS: Regulação dos Planos de Saúde e Rol de Procedimentos.

A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) é o órgão responsável por regular, normatizar e fiscalizar os planos de saúde no Brasil.

Criada pela Lei nº 9.961/2000, sua função principal é equilibrar a relação entre operadoras, prestadores de serviços (como hospitais e médicos) e beneficiários (pacientes).

Para o médico, compreender como a ANS atua é essencial, pois muitas de suas normas impactam diretamente a rotina clínica, desde a solicitação de procedimentos até o recebimento de honorários.

A saber...

O que é o Rol de Procedimentos da ANS?

O Rol de Procedimentos e Eventos em Saúde da ANS é uma lista que define a cobertura mínima obrigatória que os planos de saúde devem garantir aos beneficiários.

Ele inclui:

  • Consultas;
  • Exames;
  • Terapias;
  • Cirurgias;
  • Tratamentos atualizados periodicamente pela agência.

Natureza do rol

Por muito tempo, houve discussão sobre se o rol era taxativo (limitado apenas ao que está listado) ou exemplificativo (servindo apenas como referência).

Em 2022, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) decidiu que o rol é taxativo, mas com exceções, permitindo a cobertura de procedimentos não listados em casos específicos, como quando houver comprovação científica de eficácia.

Por que é importante que o médico conheça essas normas

O desconhecimento das normas da ANS pode colocar o médico em situações de conflito com operadoras e pacientes.

Conhecer o rol e suas atualizações possibilita ao profissional:

  • Informar corretamente o paciente sobre o direito à cobertura;
  • Evitar glosas e negativas indevidas de procedimentos;
  • Apoiar juridicamente o paciente em casos de recusa do plano de saúde;
  • Prevenir responsabilização por condutas interpretadas como irregulares pelas operadoras.

Riscos de não conhecer a regulação da ANS

  • Glosa de honorários: Procedimentos realizados sem observar os critérios da ANS podem ser negados pelas operadoras;
  • Desgaste com o paciente: Em casos de negativa de cobertura, o médico pode ser responsabilizado injustamente;
  • Processos éticos ou judiciais: Quando a conduta médica não estiver alinhada às normas, aumenta o risco de litígios;
  • Perda financeira: Ausência de conhecimento das regras contratuais pode levar a prejuízos significativos para clínicas e consultórios.

Por exemplo

Um paciente portador de câncer tem prescrição médica para uso de medicamento oral inovador, ainda não incluído no rol da ANS.

O plano de saúde nega a cobertura sob o argumento de que não há previsão no rol.

Se o médico desconhecer a decisão do STJ sobre as exceções à taxatividade do rol, pode deixar de orientar o paciente sobre a possibilidade de buscar judicialmente o fornecimento do tratamento.

Com a orientação de Advogados Especialistas em Compliance e Regulação na Saúde, o paciente poderá garantir o acesso à medicação, e o médico evitará questionamentos de omissão.

A importância de contar com Advogados Especialistas em Compliance e Regulação na Saúde

A legislação da saúde suplementar é dinâmica, com constantes alterações nas normas da ANS e novas interpretações judiciais.

Nesse cenário, o apoio de Advogados Especialistas em Compliance e Regulação na Saúde é fundamental para:

  • Orientar sobre as obrigações e limites do rol da ANS;
  • Apoiar médicos em negociações e litígios com operadoras;
  • Prestar consultoria preventiva para evitar glosas e perdas financeiras.
  • Defender os interesses do médico em processos administrativos e judiciais.

 

Grave essa informação

O rol de procedimentos da ANS e as regras da agência reguladora exercem grande impacto na prática médica.

O médico que conhece essas normas atua com mais segurança, evita conflitos desnecessários e consegue orientar melhor seus pacientes sobre seus direitos.

 

  1. Anvisa: Normas de Biossegurança e funcionamento de serviços de saúde.

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) é responsável por regulamentar, fiscalizar e controlar produtos e serviços relacionados à saúde no Brasil.

Entre suas atribuições, estão as normas de biossegurança e de funcionamento dos serviços de saúde, que impactam diretamente a prática médica em consultórios, clínicas e hospitais.

Para o médico, compreender essas normas não é apenas uma questão burocrática, mas sim uma forma de garantir a segurança dos pacientes, a proteção da própria prática profissional e a conformidade com a legislação vigente.

O que são Normas de Biossegurança?

As normas de biossegurança consistem em medidas e protocolos voltados para prevenir, controlar e reduzir riscos relacionados a agentes biológicos, químicos e físicos no ambiente de saúde.

Principais regulamentações

A ANVISA estabelece normas que orientam desde o controle de infecções hospitalares até a manipulação de substâncias perigosas.

Alguns pontos relevantes incluem:

  • Uso de equipamentos de proteção individual (EPIs);
  • Descarte adequado de resíduos de serviços de saúde (RDC nº 222/2018);
  • Regras para esterilização e limpeza de equipamentos;
  • Protocolos de prevenção e controle de infecções (RDC nº 50/2002 e RDC nº 63/2011).

Normas sobre funcionamento dos serviços de saúde

Além da biossegurança, a ANVISA também estabelece regras sobre a estrutura física, organização e operação dos serviços de saúde.

Entre elas:

  • RDC nº 50/2002: Requisitos para projetos arquitetônicos de estabelecimentos de saúde.
  • RDC nº 63/2011: Regulamenta o funcionamento dos serviços de saúde, incluindo protocolos assistenciais e de segurança.
  • RDC nº 36/2013: Trata da segurança do paciente, impondo práticas obrigatórias para reduzir riscos.

Por que é importante que o médico conheça essas normas

  • Segurança do paciente: Cumprimento das regras evita infecções hospitalares e complicações em procedimentos.
  • Proteção do médico: Seguir protocolos reduz a possibilidade de responsabilização civil, ética ou criminal.
  • Conformidade legal: Clínicas e consultórios que descumprem as normas podem sofrer interdições e multas.
  • Reconhecimento profissional: Médicos que atuam em conformidade com as normas transmitem credibilidade e confiança aos pacientes.

Riscos de não conhecer as normas da ANVISA

  • Sanções administrativas: Multas e interdição do estabelecimento;
  • Ações judiciais: pacientes prejudicados podem buscar indenizações;
  • Processos ético-disciplinares: Descumprimento pode resultar em processos junto ao Conselho Regional de Medicina;
  • Perda de reputação: Falhas em biossegurança comprometem a imagem do médico e do serviço prestado.

Por exemplo

Imagine uma clínica médica que não realiza o descarte correto de resíduos perfurocortantes, como agulhas e bisturis.

Durante a coleta, um funcionário sofre acidente e contrai uma doença infectocontagiosa.

Nesse caso, a clínica poderá ser responsabilizada civilmente e administrativamente pela falta de cumprimento das normas da ANVISA, e o médico responsável técnico poderá responder perante o Conselho de Medicina.

Se tivesse seguido os protocolos da RDC nº 222/2018, a situação poderia ter sido evitada.

A importância de contar com Advogados Especialistas em Compliance e Regulação na Saúde

A regulação sanitária é complexa e frequentemente atualizada.

O médico que atua sem orientação jurídica pode deixar de observar normas essenciais e expor-se a riscos desnecessários.

O Advogado Especialista em Compliance e Regulação na Saúde pode auxiliar em:

  • Consultoria preventiva sobre biossegurança e funcionamento de clínicas;
  • Revisão de contratos e regulamentos internos;
  • Defesa em processos administrativos ou judiciais;
  • Adequação do serviço às exigências da ANVISA, evitando sanções.

 

Conclusão

As normas da ANVISA sobre biossegurança e funcionamento de serviços de saúde são fundamentais para qualquer médico que atue em consultório, clínica ou hospital.

Conhecê-las garante segurança ao paciente, proteção à prática profissional e conformidade com a lei.

 

  1. Lei Orgânica da Saúde/SUS (Lei nº 8080/1990).

A Lei 8.080/1990, também conhecida como Lei Orgânica da Saúde, é a norma que regulamenta o funcionamento do Sistema Único de Saúde (SUS) no Brasil.

Ela define os princípios, diretrizes e responsabilidades da União, Estados e Municípios na organização da saúde pública.

Para os médicos, essa lei é essencial porque estabelece como o SUS deve funcionar, os direitos dos pacientes e os deveres dos profissionais de saúde.

Além disso, impacta diretamente na prática clínica de quem atua em hospitais públicos, clínicas conveniadas ou até em situações em que o SUS é responsável pelo custeio de tratamentos.

Principais pontos da Lei 8.080/1990 que os médicos devem conhecer

Princípios do SUS

A lei determina que a saúde é direito de todos e dever do Estado, devendo ser garantida mediante políticas sociais e econômicas.

Os princípios fundamentais incluem:

  • Universalidade: Todos têm direito ao acesso;
  • Integralidade: Atenção à saúde em todos os níveis de complexidade;
  • Equidade: Tratamento desigual para atender às desigualdades sociais.

Responsabilidades dos profissionais de saúde

O médico deve atuar em conformidade com os protocolos e diretrizes estabelecidos pelo SUS, garantindo atendimento digno e ético.

Participação da iniciativa privada

A lei também disciplina a relação do SUS com hospitais, clínicas e laboratórios privados, o que afeta diretamente os médicos que prestam serviços terceirizados.

Por que é importante conhecer a Lei Orgânica da Saúde

  • Entendimento do funcionamento do SUS: Permite ao médico compreender os limites e deveres da saúde pública;
  • Segurança jurídica na prática profissional: Evita falhas que possam resultar em responsabilização administrativa ou judicial;
  • Orientação correta ao paciente: Médicos que conhecem a legislação conseguem explicar melhor os direitos dos pacientes e o acesso a tratamentos;
  • Prevenção de litígios: Saber como o SUS deve custear determinados tratamentos ajuda a reduzir conflitos com pacientes e gestores.

Riscos de não conhecer a Lei 8.080/1990

  • Responsabilização ética: Médicos que não seguem protocolos do SUS podem responder a processos nos Conselhos de Medicina.
  • Ações judiciais: Falhas em orientações sobre direitos do paciente podem gerar processos.
  • Sanções administrativas: Descumprimento de diretrizes do SUS pode resultar em penalidades para instituições e profissionais.
  • Perda de credibilidade: Desconhecer direitos básicos de pacientes compromete a relação médico-paciente.

 

Para ilustrar

Imagine um paciente que necessita de um medicamento de alto custo não disponível no hospital, mas que está previsto nos protocolos do SUS.

Se o médico desconhecer que o paciente tem direito de exigir judicialmente o fornecimento pelo Estado, poderá apenas registrar a negativa administrativa, deixando o paciente sem o devido tratamento.

Por outro lado, se o médico souber como funciona a Lei 8.080/1990, poderá orientar o paciente a buscar o fornecimento judicialmente, fortalecendo a confiança na relação médico-paciente e garantindo acesso ao tratamento.

A importância de contar com Advogados Especialistas em Compliance e Regulação na Saúde

A legislação de saúde pública é complexa e frequentemente alvo de interpretações judiciais.

Por isso, o apoio de Advogados Especialistas em Compliance e Regulação na Saúde é essencial para:

  • Orientar médicos sobre como atuar em conformidade com a Lei 8.080/1990;
  • Apoiar na defesa em casos de responsabilização ética, civil ou criminal;
  • Prestar consultoria preventiva sobre obrigações no SUS;
  • Intermediar conflitos com gestores públicos e pacientes.

O que você precisa saber

A Lei Orgânica da Saúde (Lei 8.080/1990) é um dos pilares da regulação em saúde no Brasil e deve ser conhecida por todos os médicos.

Ela define os princípios do SUS, os direitos dos pacientes e as responsabilidades dos profissionais de saúde.

 

 

Dica de Advogados Especialistas em Compliance e Regulação na saúde

O médico que conhece essas normas atua com mais segurança, protege sua prática e melhora a relação com o paciente.

Já aquele que ignora a lei se expõe a riscos éticos, administrativos e judiciais.

Porém, diante da complexidade e das constantes mudanças no setor, contar com o auxílio de Advogados Especialistas em Compliance e Regulação na Saúde é indispensável para garantir uma prática profissional segura e alinhada com a legislação.

 

Conclusão

Portanto, como vimos ao longo deste post, a Regulação em saúde no Brasil é composta por diversas normas que impactam diretamente a atuação do médico:

  • Código de Ética Médica e Resoluções do CFM
  • Prontuário médico: Registro e guarda do histórico clínico
  • Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) e dados de saúde
  • ANS: Regulação dos planos de saúde e o Rol de Procedimentos
  • ANVISA:  Normas de biossegurança e funcionamento de serviços de saúde
  • Lei Orgânica da Saúde / SUS (Lei nº 8.080/1990)

Conhecer essas regras não é apenas uma questão de cumprimento formal.

Trata-se de um diferencial que garante ao médico segurança jurídica, proteção contra litígios e fortalecimento da relação de confiança com seus pacientes.

Leia também:

 Sindicância Médica: Quais são os seus direitos?

Como funciona o julgamento de Cassação do CRM?

Perda de Registro Médico: Quando cabe Mandado de Segurança?

A regulação em saúde é complexa, dinâmica e influencia cada etapa do trabalho médico.

Ao dominar as principais normas e contar com o suporte de Advogados Especialistas em Compliance e Regulação na Saúde, o médico garante não apenas o cumprimento da lei, mas também a tranquilidade para exercer sua profissão com foco no que realmente importa: a saúde e o bem-estar do paciente.

Até o próximo conteúdo.

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